“O carnaval de Salvador tem que ser tratado como uma organização acima de discussões políticas”, defendeu o superintendente da Bahiatursa, Diogo Medrado, na manhã desta quinta-feira (23/4), na segunda audiência pública realizada pela Comissão Especial do Carnaval da Câmara de Salvador para discutir o planejamento da festa de 2016.
“O Carnaval é uma instituição muito maior que o Governo do Estado e a Prefeitura de Salvador, e a gente tem que tratar como um negócio que pode ser lucrativo tanto para o governo, a prefeitura e a sociedade. A união, nesses aspecto , só traz o bem”, acrescentou.
Nesse sentido, a Bahiatursa está elaborando projetos para sentar com Isaac Edington (presidente da Saltur) e Érico Mendonça (secretário de Cultura e Turismo de Salvador) para viabilizar a parceria com a prefeitura para 2016, disse o superintendente. “Também coloco a Bahiatursa à disposição de todas as classes para apresentar suas propostas e opiniões”, afirmou.
PARTICIPAÇÃO - Medrado disse que a Bahiatursa tem que participar mais das decisões do Conselho Municipal do Carnaval – Comcar, onde o governo tem seis votos, e que todas as audiências da Comissão do Carnaval terão um representante da Bahiatursa.
Diogo destacou a interseção entre o governo e a prefeitura, com algumas parcerias. “Este ano, participamos mais efetivamente com R$ 75 milhões e mais de R$ 12 milhões do governo federal com recursos do Banco do Brasil, da Petrobras e da Caixa Econômica Federal”, disse o superintendente.
Ele acrescentou que os investimentos foram além com nove trios elétricos, três deles em parceria com o Comcar, quatro minitrios e a contratação de mais de 35 atrações, como Bell Marques, Timbalada, Sarajane e Luiz Caldas, além do apoio às cidades do interior.
SEGMENTOS - Moderada pelo vereador Arnando Lessa, presidente da Comissão do Carnaval, a audiência, realizada no Centro de Cultura da Câmara, contou com a presença, além de vereadores, de representantes dos mais diversos segmentos que organizam e fazem o carnaval de Salvador: cantores independentes, associação baiana de camarotes, produtores culturais, associações de bairros, dentre outros que mantiveram discussões acaloradas em torno da programação e organização da folia.
Diogo Medrado destacou também a folia nos bairros: “Embora não tenha saído 100% como planejamos, a gente vai aprendendo com os erros e eu espero que em 2016 a gente faça um carnaval mais efetivo, mais organizado”, disse, ao enumerar bairros como Itapuã, Periperi, Boca do Rio e Plataforma que contaram com ações da Bahiatursa em parceria com a prefeitura, incluindo uma programação especial para as crianças em alguns deles.
Disse que dos R$ 75 milhões de recursos próprios investidos pelo governo R$ 35 milhões foram apenas em segurança. “A Secretaria da Segurança Pública está de parabéns, pois nenhuma polícia do mundo tem a capacidade organizacional que tem o Governo do Estado e a SSP quanto à gestão do Carnaval. São dois milhões de foliões na rua, tirando aí o circuito dos bairros. Inclusive foi o serviço público mais parabenizado. Então, acho que é inquestionável o quesito segurança pública no Governo do Estado”.